sábado, 2 de maio de 2009

Lembrei que tenho um blog. Verdade! Estou tão habituada a fotografar para desabafar, que esqueço-me de vir escrever. Vim hoje aqui, pra falar de saudade. Grande novidade, a maioria dos meus posts são de saudade; isso que dá, ser amante do vento, ele passa, e leva as coisas boas, a saudade fica.
Estou com saudades de uma pessoa que conheci já tem uns 4 meses. Foi tão sem querer! Conheci um candidato excelente à grande amor, numa balada. Depois da 'ficada', começamos a conversar via Internet, e descobrimos inúmeras afinidades. Conversávamos por horas a fio. Mudei (fato que será explicado posteriormente, devido à falta de tempo e a complexidade do assunto). Voltei pra minha terra, e mesmo assim mantínhamos o contato. Quando fui no carnaval pra cidade que morava, ele até foi me buscar na rodoviária. Me ligou nesses dias, mandou muitas mensagens de texto, carinho pouco é bobagem né? Muito bem. Era carnaval, e eu não pulo. Não exigi presença constante, sou consciente da liberdade das pessoas. Segunda-feira. Marcamos de nos ver; ele passa em casa e saímos dar uma volta, curtir um pouco. Foram momentos de conversa, de risadas, de carinho que ficaram comigo. Ele promete que vai me ver no dia seguinte. Não vai. Deixo de ir ver meus amigos, para esperá-lo e nada. Ligo, não atende. Liga na casa, ele não está. Passam-se 2 dias, e nada. Começo achar que fiz algo errado, falei alguma coisa chata, sei lá. Mando uma mensagem, pedindo desculpas. Nada de resposta. Nem sinal de fumaça.
Passou um mês quase, eu resolvo procurar. Mando um depoimento perguntando o que é que ta havendo, pedindo desculpas mais uma vez, e dizendo à ele que eu não era nenhuma criança pra ele fugir, e não querer me falar o assunto. Não lembro direito o que falei. Ele me responde 15 dias depois, dizendo que não tinha nada de culpa minha, que foram problemas que ele teve, e que esperava que eu tivesse bem. Tudo bem, relevo.
Depois disso, pouco nos falamos, quando o chamo no messenger, ele fica offline, liguei na Páscoa, ele me tratou como uma vizinha que ele nem lembra direito.
Mas é foda né, a gente se apega tanto às pessoas, e em tão pouco tempo, daí elas vêm e fazem isso com você, puta trairagem. Ainda bem que não chegamos a nada mais íntimo, se é que me faço entender. Senão já teria me matado de depressão! HAHA.
E ele era uma pessoa que me dava muito apoio, me transmitia muita segurança, tínhamos muitas afinidades... Eu passei muito tempo não confiando em homem nenhum, depois do primeiro carinha que eu fiquei. Mas daí ele aparece, e eu vejo realmente que nem todos são iguais, a vida é bela, e felicidade até existe. Poxa, eu tinha achado o cara dos meus sonhos! Exatamente! De mesmo nome, aspecto físico, temperamento, gostos... Eu nem consigo ouvir mais Coldplay, de tanto que me lembra ele. Minha canção favorita -Shiver - não consigo também.
Aí o dia aparece nublado, você fica sozinha, e sente saudade. E não pode fazer nada. Não posso fazer nada, porque a única resposta que receberei será um grande eco, vazio, da minha própria voz.

Muito obrigada Rodrigo, por ser o segundo cara que me faz perder a confiança na raça masculina.

domingo, 14 de setembro de 2008

Eu escrevo quando estou mal. Quando estou inquieta, e confusa. Escrever, colocar no papel - ou no blog rsrs - organiza as idéias, e esvazia um pouco a mente. Mas é interessante fazer uma ressalva, que hoje não estou mal, nem inquieta e nem confusa. Então porque você está escrevendo,Camila? Porque... é... não sei! Acho que é pra suprir a carência das suas palavras.
As quais, eu num último resquício de dignidade e sabedoria não quero ouvir mais.

Porque tudo que começa um dia acaba e eu tenho pena de vocês. Paixão, amor, e morte, são coisas que combinam; roteiro base para uma boa tragédia grega. Aliás, não te disseram que eu sou atriz?

domingo, 15 de junho de 2008

A vontade de escrever surge da preguiça de desligar o computador e deitar pra dormir. Até porque isso implica, em lembrar que temos uma longa semana de estudos, trabalhos e afins, que é capaz de desanimar qualquer um. Então que venham as palavras.
Triste pensar, que a gente comete os mesmos erros de sempre. Erros, que vão do pensar ao fazer, e ao se importar.
Acredito cada vez mais, que esses erros cometidos repetidamente, são o que há de mais exaustivo na vida. Cansa cair na mesma armadilha, pensar na mesma pessoa,ou seja, fazer o errado de novo. E ainda mais cansativo, é se arrepender novamente. Se arrepender de novo, é o resultado de mais um fracasso. Frustração, é um daqueles sentimentos que não se deseja à ninguém. Nada pior, do sentimento do quase, eu quase consegui, eu quase venci, mas não consegui e nem venci.
Isso me lembra um poema do Veríssimo, que será postado quando minha preguiça de abrir a mochila e o caderno e procurá-lo, tiver se esvaído.
Cansei de escrever.


THE SAME MISTAKES AGAIN.

domingo, 24 de fevereiro de 2008

Às portas da minha revelação no mundo adulto, no auge do medo desse negócio de ser gente grande de verdade, me invade um sentimento inútil para tais acontecimentos.
Saudade. Saudade é um sentimento muito triste, de verdade.
Principalmente quando você sabe que não tem remédio.
Ai, droga. Chega de lirismos, minha saudade é de você.
E não consigo escrever mais. tchau.

Camila Santiago em 08 de fevereiro de 2008.

domingo, 27 de janeiro de 2008

Windstorm-girl (menina ventania)


Se tem uma coisa que a deixava realmente entusiasmada, era o vento. Este que batia na janela, que balançava - e bagunçava – seus cabelos, e que lhe conferiam um ar de extrema leveza.
Não era preciso muito pra saber o que a atraía no vento. Ele simbolizava a liberdade a qual ela sempre almejara. Não que ela fosse uma presidiária, ou uma criança indefesa ou qualquer outra coisa que a impedisse de ser livre. Gostava de pensar na filosofia que o vento trazia consigo, aquela em que coisas feias são deixadas pra trás, e curiosidade e esperança nascem a cada passo.
Sim, ela pensava que podia voar, se quisesse. E como sempre queria, andava flutuando nas nuvens roxas da imaginação. Voar significava simplesmente uma escolha, não um dom, e ainda menos um método de transporte. Era ter a liberdade de imaginar o melhor futuro possível para si, e os mais lindos e ternos amores. Não que fosse romântica, mas conservava no cofre que estava trancado seus sentimentos uma crença infantil do homem perfeito, cavalgando num cavalo. Pra ser mais precisa vindo numa Mitsubishi, mas não falemos dos pormenores. E era aquela infantilidade escondida que lhe conferia um ar misterioso e intocado que tanto apreciavam os apaixonados por ela. Suas sedes de liberdade, e de aventura só conheciam os mais íntimos e queridos, porque junto da infantilidade, da liberdade almejada, estava seu medo. Medo de que alguém lhe a aprisionasse e que ela nunca mais pudesse sentir o vento cobrindo-lhe a face e despenteando-lhe os cabelos. Medo de perder a capacidade de imaginar, de não poder mais desfrutar do prazer que lhe traziam os frutos da imaginação.
Mas enquanto não sentia medo, sentia apenas uma coisa. A necessidade de abrir suas asas e voar para um lugar onde o vento, seria intenso e duradouro.



Camila Santiago em 23 de Janeiro de 2007.